O mercado brasileiro de soja teve preços mistos nesta sexta-feira (21). O dólar subiu enquanto a Bolsa de Chicago operou no campo negativo, com baixa liquidez. Apesar de algumas oportunidades para negócios, não foram reportados grandes volumes, com a comercialização se mantendo moderada. Segundo a consultoria Safras & Mercado, ao longo da semana, volumes foram negociados no Brasil, com os prêmios sustentando o quadro do mercado físico.
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mistos. Em dia volátil e após quatro sessões consecutivas de perdas, o mercado tentou uma recuperação técnica, mas o movimento não encontrou força.
A indefinição sobre as tarifas do governo Trump, o fraco resultado das exportações semanais e a ampla oferta da América do Sul limitaram a reação. Os agentes seguem posicionando carteiras, aguardando o relatório de intenção de plantio nos Estados Unidos, que será divulgado no dia 31.
As importações de soja dos Estados Unidos pela China subiram forte nos dois primeiros meses de 2025, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O aumento se deve, principalmente, ao efeito Donald Trump, onde as preocupações com tarifas mais altas levaram a uma corrida às compras.
A China, maior compradora mundial de soja, trouxe 9,13 milhões de toneladas da oleaginosa dos Estados Unidos em janeiro e fevereiro, avanço de 84,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando somou 4,96 milhões de toneladas, segundo a Administração Geral da Alfândega.
Do Brasil, foram importadas 3,59 milhões de toneladas no acumulado de 2025, ante 6,79 milhões de toneladas no mesmo momento do ano passado, queda de 48,4%. A retração refletiu o atraso no plantio e a consequente colheita mais tardia no país, abrindo mais espaço para o produto norte-americano.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2024/25, com início em 1º de setembro, ficaram em 352.600 toneladas na semana encerrada em 13 de março. A China liderou as importações, com 269.900 toneladas.
Para a temporada 2025/26, foram mais 100 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 400 mil e 950 mil toneladas, somando-se as duas temporadas.
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 4,75 centavos de dólar ou 0,47% a US$ 10,13 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 10,25 1/4 por bushel, ganho de 3,75 centavos ou 0,36%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 0,60 ou 0,20% a US$ 297,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 42,71 centavos de dólar, com alta de 0,35 centavo ou 0,82%.
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,69%, negociado a R$ 5,7157 para venda e a R$ 5,7137 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6813 e a máxima de R$ 5,7338. Na semana, a moeda teve valorização de 0,33%.
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