Prejuízo líquido da Braskem cresce 259% no 4° trimestre de 2024

São Paulo, SP – A Braskem divulgou na noite de ontem o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), com prejuízo líquido de R$ 5,6 bilhões, alta de 259% em relação ao prejuízo líquido registrado no último trimestre de 2023 (4T23). Em 2024, o prejuízo líquido foi de R$ 11,3 bilhões, alta de 147% em relação ao prejuízo de 2023. Segundo a companhia, o
resultado foi impactado, principalmente, pelos R$ 4,7 bilhões de variação cambial negativa no resultado financeiro consolidado.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente foi de R$ 557 milhões, queda de 47% em comparação ao 4T23, com uma geração operacional de caixa de R$ 1,1 bilhão e geração recorrente de caixa de R$ 265 milhões. Incluindo os pagamentos relacionados a Alagoas, o consumo de caixa da companhia foi de R$ 542 milhões. Em 2024, o Ebitda recorrente foi de R$ 5,7 bilhões, alta de 54% em relação a 2023.

A receita líquida de vendas foi de R$ 19,1 bilhões, alta de 15% em relação ao 4T23. Em 2024, a receita líquida de vendas foi de R$ 77,4 bilhões, alta de 10% em relação a 2023.

A receita foi menor em dólares em relação ao 3T24 (-10%), explicado principalmente pela redução de 59 mil toneladas, ou 7%, no volume de vendas de resinas no mercado brasileiro; redução de 12% na referência internacional de preço de principais químicos; redução de 43 mil toneladas, ou 4%, no volume de vendas de principais químicos no mercado brasileiro; redução de 6%, ou 4 mil toneladas, no volume de exportação de principais químicos; e redução de 8% na referência internacional média de preço de resinas, com destaque para PE, que teve redução de 12% em comparação ao 3T24.

Em relação ao 4T23, o aumento em dólares (+2%), explicado principalmente pelo aumento de 5% e 3% no preço médio das referenciais internacionais de PE e PP, respectivamente; aumento de 3% na referência internacional de resinas; aumento de 3%, ou 25 mil toneladas, no volume de vendas de resinas no mercado brasileiro; aumento de 10%, ou 20 mil toneladas no volume de exportação de resinas; aumento de 20%, ou 114 mil toneladas no volume de vendas de principais químicos no mercado brasileiro. Em reais, o aumento (+20%), é também é explicado pela depreciação do real médio frente ao dólar médio de 18% no período.

A Companhia apresentou uma geração operacional de caixa de R$ 1,1 bilhão no 4T24. Este resultado é explicado, principalmente, pela variação positiva de capital de giro, que foi parcialmente compensada pelo menor EBITDA Recorrente no período.

Em 31 de dezembro de 2024, o saldo da dívida bruta corporativa era de US$ 8,6 bilhões. No final do período, a dívida corporativa em moeda estrangeira representava, no final do período, 92% da dívida total da Companhia. O prazo médio do endividamento corporativo era de cerca de 9 anos em 31 de dezembro de 2024, sendo 68% das dívidas concentradas de 2030 em diante. O custo médio ponderado da dívida corporativa da Companhia era de variação cambial +6,34% a.a. Em relação a dívida líquida, o saldo no final de dezembro de 2024 era de US$ 6,2 bilhões.

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