Café arábica recua em NY com realização de lucros e dólar forte

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Foto: Renata Silva/Embrapa

O café arábica opera em baixa na sessão eletrônica da Bolsa de Nova York (ICE) nesta sexta-feira (31), com queda de mais de 1%. A desvalorização reflete a realização de lucros, o desempenho negativo do café robusta na Bolsa de Londres, a queda do petróleo e o dólar fortalecido, que pressiona as cotações.

Apesar do recuo, a redução dos estoques certificados da ICE e o avanço das bolsas de valores na Europa ajudam a limitar as perdas. Os estoques certificados de café arábica nos armazéns credenciados da ICE Futures US caíram para 885.886 sacas de 60 kg em 30 de janeiro, uma redução de 17.109 sacas em relação ao dia anterior.

Semana de ganhos e máximas históricas

No acumulado da semana, o contrato março/25 ainda registra uma valorização de 6,18%. No momento, os contratos para março operam a 369,05 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de 4,35 centavos (-1,16%).

Na quinta-feira (30), o arábica encerrou em alta, com março/25 negociado a 373,40 centavos de dólar por libra-peso (+1,86%), enquanto maio/25 fechou a 368,15 centavos (+1,88%). Durante a sessão, os preços renovaram máximas históricas, aproximando-se da marca de 400 centavos, impulsionados pela oferta global restrita e expectativas desfavoráveis para a safra brasileira.

Escassez de oferta e incertezas climáticas

Os estoques globais de café seguem apertados, especialmente no Brasil, que responde por quase 50% da produção mundial de arábica. A seca severa de 2024 comprometeu a previsão da nova safra, intensificando a preocupação no mercado.

Grandes torrefadoras globais, como Nestlé e JDE Peet’s, ainda não garantiram todo o suprimento necessário, enquanto especuladores continuam ampliando suas posições compradas, apostando em novas altas.

Embora as chuvas recentes tenham trazido algum alívio, novas previsões meteorológicas acenderam o alerta. A expectativa de períodos secos prolongados e temperaturas elevadas nas principais regiões produtoras do Brasil pode voltar a impactar a produtividade, mantendo a volatilidade nos preços do café.

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