O mercado físico brasileiro de milho deve encerrar a semana com preços estáveis, sustentados por um quadro de oferta limitada e procura ativa pelo cereal. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago (CBOT) apresenta movimentação mista, enquanto o dólar opera em alta frente ao real.
Segundo a Safras Consultoria, as cotações permanecem firmes em várias regiões, especialmente no Sul do país. A Região ainda enfrenta dificuldade na aquisição de lotes, mantendo os preços elevados. No Oeste do Paraná, houve bom volume de negociações, com consumidores buscando posições mais favoráveis.
No interior de São Paulo, a oferta aumentou, mas os consumidores locais permanecem retraídos. Apesar disso, o Porto de Rio Grande relatou boa saída de milho para exportação, favorecida pela paridade cambial.
Na Bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em março de 2025 registraram queda de 5 centavos de dólar por bushel (-1,02%), cotados a US$ 4,84 3/4 por bushel.
A retração ocorreu após o governo da Argentina anunciar uma redução temporária nas taxas de exportação de grãos. Para o milho, a taxa será reduzida de 12% para 9,5%, incentivando exportações até junho.
Na sessão de ontem, o mercado reagiu ao clima adverso na Argentina, que ameaçou o desenvolvimento das lavouras de milho. No Brasil, o excesso de chuvas na região central atrasou a colheita da soja em estados como o Mato Grosso, gerando preocupações sobre o plantio da segunda safra de milho.
Além disso, os investidores monitoraram os planos do ex-presidente Donald Trump de impor tarifas a parceiros comerciais e avaliaram a demanda por milho na produção de etanol nos EUA. A desaceleração do dólar frente a outras moedas também trouxe impacto positivo.
As informações indicam que o mercado deve manter a estabilidade, com atenção especial ao clima e à demanda global.
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