Confira os preços da soja em dia de relatório do USDA

Monte de soja em grão formando mapa do Brasil. Sobre ele, três notas de 50 reais. Ao redor, moedas de diversos valores
Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

O mercado brasileiro de soja registrou preços fracos, de estáveis a mais baixos, mais uma vez nesta quinta-feira (12).

Em dia de atenções para o relatório de oferta e demanda de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado teve negócios arrastados, com a soja caindo em Chicago, o dólar neutro e os prêmios estáveis.

Segundo o consultor de Safras & Mercado Rafael Silveira, a indústria recuou um pouco nas ofertas e houve fraca demanda.

Preços médios da soja

  • Passo Fundo (RS): recuou de R$ 130 para R$ 129
  • Santa Rosa (RS): caiu de R$ 131 para R$ 130
  • Porto de Rio Grande: diminuiu de R$ 135 para R$ 133,50
  • Cascavel (PR): baixou de R$ 129 para R$ 128
  • Porto de Paranaguá (PR): foi de R$ 134,50 para R$ 133
  • Rondonópolis (MT): reduziu de R$ 117 para R$ 116
  • Dourados (MS): decresceu de R$ 119 para R$ 118
  • Rio Verde (GO): caiu de R$ 118 para R$ 117

Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira em leve baixa, revertendo os ganhos iniciais.

De acordo com Silveira, mesmo sem grandes novidades, o mercado sentiu certa pressão vinda do relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Os estoques globais acima do esperado adicionaram pressão fundamental aos preços. O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,340 bilhões de bushels em 2025/26, o equivalente a 118,11 milhões de toneladas.

A produtividade foi indicada em 52,5 bushels por acre. Não houve alterações na comparação com o relatório passado. O mercado esperava uma produção de 4,388 bilhões ou 119,4 milhões.

Os estoques finais estão projetados em 295 milhões de bushels ou 8,03 milhões de toneladas, também sem mudanças. O mercado apostava em carryover de 302 milhões de bushels ou 8,22 milhões de toneladas. O USDA está trabalhando com esmagamento de 2,490 bilhões de bushels e exportações de 1,815 bilhão, repetindo as projeções de maio.

Safra mundial de soja

O USDA projetou safra mundial de soja em 2025/26 de 426,82 milhões de toneladas. Para 2024/25, a previsão é de 420,78 milhões de toneladas. Os estoques finais para 2025/26 estão estimados em 125,3 milhões de toneladas, acima da previsão do mercado de 124,6 milhões de toneladas.

Os estoques da temporada 2024/25 estão estimados em 124,2 milhões de toneladas, contra expectativa de 123,1 milhões de toneladas.

O USDA indicou safra brasileira em 2025/26 em 175 milhões de toneladas. Para 2024/25, a estimativa foi mantida em 169 milhões de toneladas – o mercado esperava 169,2 milhões. A produção da Argentina em 2025/26 está prevista em 48,5 milhões de toneladas.

Para 2024/25, o número foi mantido em 49 milhões, enquanto o mercado esperava 49 milhões de toneladas.

Contratos futuros

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 8,25 centavos de dólar ou 0,78% a US$ 10,42 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,27 1/4 por bushel, perda de 2,00 centavos ou 0,19%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com alta de US$ 0,30, ou 0,10%, a US$ 294,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 47,61 centavos de dólar, com perda de 0,41 centavo ou 0,85%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,07%, sendo negociado a R$ 5,5425 para venda e a R$ 5,5405 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5243 e a máxima de R$ 5,5588.

O post Confira os preços da soja em dia de relatório do USDA apareceu primeiro em Canal Rural.