O mercado brasileiro de soja teve volumes moderados negociados nesta quinta-feira (8). Segundo o consultor da Safras & Mercado, Rafael Silveira, o dia foi marcado por volatilidade, mas sem grande movimentação em termos de volume. A forte queda do dólar pressionou as cotações, ao passo que a Bolsa de Chicago avançou levemente, acompanhada de uma pequena melhora nos prêmios.
A semana segue em ritmo mais lento nos negócios. “O produtor está pedindo um spread mais alto em relação às indicações do comprador, mesmo com o comprador ofertando acima da paridade”, explicou Silveira.
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram a sessão em alta, com volatilidade ao longo do dia. A perspectiva de uma aproximação entre Estados Unidos e China nas negociações tarifárias e um ambiente de menor aversão ao risco nos mercados financeiros favoreceram a valorização.
Nesta quinta-feira, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou o primeiro grande acordo comercial pós-“liberation day” com o Reino Unido e manifestou otimismo quanto à relação com a China. Uma reunião entre os dois países está marcada para sábado, na Suíça.
O avanço de 3% no preço do petróleo também impulsionou o complexo soja, principalmente o óleo. Além disso, investidores começam a se posicionar para o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na próxima segunda-feira (12), trazendo as primeiras estimativas para a safra 2025/26.
O mercado espera um leve corte na produção norte-americana para 2025/26, projetando 4,325 bilhões de bushels, ante 4,366 bilhões na temporada anterior. Já os estoques de passagem devem cair para 351 milhões de bushels. Para 2024/25, a estimativa atualizada é de 370 milhões, abaixo dos 375 milhões projetados em abril.
No cenário global, o USDA deve projetar estoques finais de 122,6 milhões de toneladas para 2024/25, levemente acima do número de abril (122,5 milhões). Para a nova safra, a primeira previsão deve indicar 125,3 milhões de toneladas.
A produção brasileira deve ser revisada de 169 milhões para 169,1 milhões de toneladas, enquanto a safra argentina deve subir de 49 para 49,3 milhões.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho encerraram com alta de 5,75 centavos de dólar, ou 0,55%, a US$ 10,45 por bushel. A posição novembro fechou em US$ 10,25 por bushel, com elevação de 3,00 centavos, ou 0,29%.
Nos subprodutos, o farelo (julho) caiu US$ 0,30 ou 0,10%, a US$ 294,70 por tonelada. O óleo subiu 1,12 centavo ou 2,36%, a 48,45 centavos de dólar por libra-peso.
O dólar comercial encerrou o dia em queda de 1,43%, cotado a R$ 5,6612 para venda e R$ 5,6592 para compra. Ao longo do pregão, a moeda oscilou entre R$ 5,6607 (mínima) e R$ 5,7486 (máxima).
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