O mercado brasileiro de soja teve uma quarta-feira (30), de preços fracos, com cotações estáveis a mais baixas na véspera do feriado. De acordo com Rafael Silveira, consultor da Safras & Mercado, o mercado apresentou pouquíssima movimentação, sem registro de negócios relevantes.
A queda nos contratos futuros na Bolsa de Chicago exerceu pressão, enquanto a alta do dólar limitou os impactos negativos. Os produtores continuam retraídos, enquanto compradores tentam impor preços menores, mas ainda superiores à paridade de exportação.
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram a quarta-feira em queda, reduzindo parte dos ganhos acumulados no mês de abril (1,58% na posição julho). O avanço do plantio nos Estados Unidos e a previsão de clima favorável para a colheita na Argentina influenciaram negativamente as cotações.
As incertezas em torno da guerra tarifária entre China e Estados Unidos seguem no radar, aumentando a percepção de possível desaquecimento da demanda por parte do maior comprador global de soja.
Além disso, a queda no PIB americano trouxe forte aversão ao risco nos mercados financeiros, pressionando também as commodities agrícolas. O petróleo teve forte recuo, e o dólar, mesmo em patamar ainda baixo, avançou frente a outras moedas.
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 6,25 centavos de dólar, ou 0,60%, a US$ 10,34 3/4 por bushel. A posição julho caiu 8,25 centavos, ou 0,76%, para US$ 10,44 1/2 por bushel.
Nos subprodutos, o farelo para julho recuou US$ 0,20 ou 0,06%, para US$ 298,00 por tonelada. O óleo com vencimento em julho fechou a 48,97 centavos de dólar por libra-peso, queda de 0,36 centavo ou 0,72%.
O dólar comercial fechou em alta de 0,78%, cotado a R$ 5,6750 na venda e R$ 5,6730 na compra. Ao longo do dia, a moeda oscilou entre a mínima de R$ 5,6053 e a máxima de R$ 5,6878. No acumulado de abril, o dólar registrou queda de 0,57%.
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