Casal de Petrolina de Goiás inova na produção de maracujá e conquista mercados

Além do maracujá, a família produz 15 sabores de polpas. Fotos Edmar Wellington e Arquivo Pessoal.

Amilton Bernardes Rodrigues e Marineide Araújo Siqueira Rodrigues sempre tiraram da terra o sustento da família. No município de Petrolina de Goiás, região Centro-Leste do estado, o casal apostou no cultivo de maracujá como fonte de renda.

Porém, os intermediadores, com preços baixos e condições injustas, acabavam levando quase todo o lucro. “A gente trabalhava muito, mas na hora de vender, a maior parte do dinheiro ficava com os atravessadores”, desabafa Marineide.

A dificuldade fez o casal repensar o negócio. Apesar de trabalharem muito, a conta não fechava no fim do mês. A produção era boa, mas o retorno financeiro era insatisfatório.

Foi então que decidiram buscar ajuda e encontraram no Senar e no Sebrae o suporte que precisavam para virar a chave. A consultoria do Senar sugeriu uma alternativa: transformar a fruta em polpa congelada e vender diretamente ao consumidor.

Com coragem e curiosidade, testaram a ideia de forma simples e o resultado surpreendeu: venderam tudo em poucas horas na cidade.

“A consultora inicialmente nos ajudou nas melhores técnicas de plantio, mas o problema da baixa lucratividade ainda existia. Foi quando veio essa ideia de congelar as polpas”, relembra Amilton.

Virada de chave no campo

O sucesso da primeira venda motivou o casal a investir com mais seriedade na produção de polpas. Logo perceberam que apenas o maracujá não daria conta da nova demanda. Buscaram frutas em outras propriedades e diversificaram os sabores.

“Começamos a comprar frutas de outras propriedades, mas ficamos sobrecarregados, pois é difícil encontrar mão de obra no campo”, explicam.

Com o tempo, entenderam que seria necessário focar exclusivamente na industrialização das polpas. Hoje, a empresa oferece mais de 15 sabores, incluindo acerola, caju, tamarindo e morango.

Mesmo com o crescimento, enfrentaram novos obstáculos, como a falta de um espaço apropriado para atender às exigências sanitárias.

Com apoio do Senar, conseguiram estruturar uma pequena indústria familiar. Já o Sebrae, por meio do Sebraetec, entrou com o desenvolvimento da marca e a identidade visual dos produtos.

“O Sebrae custeou 70% da consultoria e desenvolvimento da nossa marca, e o Senar os outros 30%. Estamos onde estamos graças ao apoio que recebemos deles”, pontua Marineide.

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O casal Amilton e Marineide na produção das polpas. Foto: Divulgação ASN/GO

Da roça à marca registrada

Inicialmente, o negócio levava o nome “Polpas MA”, referência às iniciais do casal. Mas ao tentar registrar o nome no INPI, perceberam que precisavam criar algo único.

Assim nasceu a “Polpas Magakay”, marca que homenageia os três filhos: Karolline, Gabriele e Kayke. Essa escolha fortaleceu o vínculo familiar com o empreendimento.

Enquanto o casal cuida da produção, os filhos atuam na área comercial. Estudando em Anápolis, eles aproveitam a cidade como ponto estratégico de vendas e distribuição.

“Nossos filhos se mudaram para Anápolis, pois precisavam estudar e contribuem muito com as vendas”, detalham.

A empresa começou com atendimento a residências e mercados locais em Petrolina de Goiás, mas logo expandiu para Anápolis e Goiânia.

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