Com a colheita da soja chegando ao fim, um problema recorrente volta a ganhar destaque: a falta de capacidade estrutural para o armazenamento de grãos no Brasil. A situação, que já é uma preocupação constante do setor agropecuário, se intensifica nesta época do ano, quando a produção atinge seu pico e revela um gargalo logístico que impacta diretamente a competitividade do agronegócio.
O Canal Rural conversou com o assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Augustin, para entender os desafios enfrentados pelos produtores e possíveis soluções para minimizar os impactos dessa deficiência estrutural.
De Brasília, o repórter Marcelo Dias trouxe detalhes sobre o cenário atual e as perspectivas para o futuro da armazenagem de grãos no país. Levantamento feito pelo jornalista mostra que o país tem apenas 16% de capacidade de armazenamento de grãos. Os dados são do professor da UFV Centreinar, Paulo César Corrêa.
Augustin mostrou preocupação com o problema da armazenagem no Brasil que decorre da falta de investimentos em infraestrutura ao longo dos anos.
A capacidade instalada não acompanhou o crescimento da produção agrícola, resultando em dificuldades para armazenar a safra com eficiência. Muitos produtores precisam recorrer ao armazenamento a céu aberto ou buscar alternativas que elevam os custos logísticos.
Além disso, comparado a outros grandes países produtores de grãos, o Brasil ainda possui um déficit significativo de armazéns, o que aumenta a vulnerabilidade do setor a perdas pós-colheita e pressiona os preços no mercado.
A modernização e ampliação das estruturas de estocagem são consideradas essenciais para que o país possa continuar avançando no agronegócio com maior segurança e eficiência.
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