O mercado brasileiro de milho segue apresentando ritmo de negócios travado e preços firmes nesta terça-feira (25).
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os produtores continuam fixando pouco em grande parte do país, o que acaba impondo dificuldade para consumidores se abastecerem. Em algumas localidades, como no Paraná, consumidores atuam com maior cautela nas negociações.
A consultoria informa que os agentes do mercado especulam com o clima para a safrinha e com a movimentação dos futuros na B3. Segundo a Safras, o contrato com base maio continua distorcido frente à realidade do físico paulista.
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fechou a sessão com preços significativamente mais baixos nos contratos futuros para o milho. O mercado foi pressionado pelo temor de que as tarifas dos Estados Unidos atrapalhem a demanda pelos produtos agrícolas do país com os principais parceiros comerciais, como Canadá, México e China.
Além disso, os investidores avaliaram o acordo entre Estados Unidos e Rússia para garantir uma navegação segura no Mar Negro, informado pela Casa Branca. O acordo visa proibir o uso da força e de navios comerciais para fins militares nas águas do território.
“Os Estados Unidos e a Rússia concordaram em garantir uma navegação segura, eliminar o uso da força e impedir o uso de navios comerciais para fins militares no Mar Negro”, diz a nota sobre o acordo alcançado durante recentes consultas governamentais entre delegações de ambos os países na Arábia Saudita.
A questão foi discutida ontem (24) durante uma nova rodada de consultas entre Washington e Moscou, realizada na capital saudita, Riad, em conformidade com um acordo firmado entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin.
A perspectiva de uma ampla oferta do cereal na América do Sul complementou o quadro negativo.
A desvalorização do dólar frente a outras moedas, por outro lado, limitou uma queda ainda mais expressiva.
Enquanto isso, os investidores aguardaram o relatório de intenção de plantio dos Estados Unidos, que será divulgado pelo Departamento de Agricultura do país (USDA) em 31 de março. A expectativa inicial aponta para um aumento na área destinada ao milho, em detrimento da soja.
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