O mercado brasileiro de soja negociou lotes pontuais nesta quarta-feira (5), com preços mistos em meio à volatilidade pós-Carnaval. Enquanto os prêmios subiram fortemente, o dólar registrou queda e a Bolsa de Chicago fechou em alta, embora ainda enfrente perdas acumuladas nos últimos dias.
Segundo informações fornecidas pela Safras & Mercado, a variações de preços a seguir comparam o fechamento de sexta-feira (28) com os preços observados nesta quarta-feira:
O mercado se mantém atento às oscilações e ao comportamento do câmbio, que teve um impacto direto sobre os preços internos. A volatilidade é um reflexo do feriado, com muitas incertezas que ainda marcam o ritmo das negociações.
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com bons ganhos. O mercado se recuperou tecnicamente após cinco sessões seguidas de perdas, que haviam levado os preços aos níveis mais baixos desde o início de janeiro. A pressão sobre o mercado veio principalmente pelas tarifas do governo Trump, que seguiram no centro das atenções.
O presidente dos Estados Unidos confirmou a manutenção de uma tarifa de 25% sobre produtos do México e Canadá, além de um adicional de 10% sobre a China. Em resposta, tanto o Canadá quanto a China anunciaram retaliações, e o México prometeu adotar medidas até o final desta semana.
Esse cenário pesou sobre os preços, mas no decorrer da quarta-feira, o mercado reagiu com otimismo, impulsionado pela possibilidade de negociações entre os Estados Unidos, México e Canadá. A expectativa de uma resposta moderada da China também contribuiu para o alívio, uma vez que o país demonstrou interesse em manter as portas abertas para novos diálogos.
Outro fator que ajudou na recuperação foi a queda do dólar frente a outras moedas, o que deu maior competitividade aos produtos agrícolas dos Estados Unidos. Além disso, a China anunciou novos incentivos fiscais e indicou que espera um crescimento de 5% para sua economia em 2025, o que poderia aquecer a demanda por soja.
Os contratos de soja em grão para maio fecharam com alta de 12,75 centavos de dólar, ou 1,27%, a US$ 10,11 3/4 por bushel. Já os contratos para julho subiram 11,25 centavos, ou 1,10%, e fecharam a US$ 10,25 por bushel.
Nos subprodutos, o farelo de soja para maio teve alta de US$ 6,30, ou 2,14%, fechando a US$ 399,80 por tonelada. O óleo de soja, com vencimento em maio, subiu 0,16 centavo de dólar, ou 0,35%, ficando a US$ 42,99 por libra-peso.
O dólar comercial fechou a sessão com uma queda de 2,70%, sendo negociado a R$ 5,7555 para venda e a R$ 5,7535 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,7520 e a máxima de R$ 5,8468.
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