Lucro líquido da Vibra recua 84,5% no 4° trimestre de 2024

São Paulo, SP – A Vibra divulgou na noite de ontem o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), com lucro líquido de R$ 510 milhões, queda de 84,5% em relação ao mesmo período de 2023 (4T23). Em 2024, o lucro líquido foi de R$ 6,3 bilhões, alta de 33,6% em
relação a 2023. “Cabe destacar que mesmo excluindo o efeito das recuperações tributárias das LCs nos anos de 2024 e 2023, tivemos um incremento de 8,8% no resultado da companhia”, destacou a Vibra.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 1,3 bilhão, queda de 43, 9% em relação ao 4T23. Em 2024, o Ebitda ajustado foi de R$ 6,2 bilhões, queda de 0,1% em comparação a 2023. Já a margem Ebitda ajustada foi de R$ 145 por m3, queda de 42,9% em relação ao 4T23. Em 2024, a margem Ebitda ajustada foi de R$ 175 por m3, alta de 3% em comparação a 2023, refletindo a capacidade de manter rentabilidade em alto patamares mesmo em um ambiente mais desafiador.

Desconsiderando esses efeitos não recorrentes, vendas de imóveis (R$ -117 milhões) e
recuperações tributárias (R$ -72 milhões) a empresa atingiu um Ebitda Ajustado recorrente de R$ 1,118 bilhão ou R$ 124/m3, resultado construído ao longo do trimestre, mesmo tendo outros os efeitos não recorrentes, impactando, principalmente, o mês de outubro.

A receita líquida ajustado foi de R$ 44,4 bilhões, alta de 1,4% em relação ao 4T23. Em 2024, a receita líquida ajustada foi de R$ 172,9 bilhões, alta de 5,7% em relação a 2023. O fluxo de caixa livre (FCL) somou R$ 3,3 bilhões, enquanto o lucro líquido chegou a R$ 6,4 bilhões, com alavancagem de 0,9x

No 4T24, o volume total de vendas foi inferior (-1,7%) ao volume total do mesmo período do ano anterior. Esse resultado é consequência de menores volumes vendidos de óleo combustível (-34,9%) e Coque (-100%), atenuada pelo aumento do volume de vendas QAV (+7,3%) e de diesel (+1,1%) no período. Em relação ao ano de 2023, o volume total apresentou uma redução de (3,0%), sendo diesel (-4,0%) e gasolina (-8,7%) compensado parcialmente pelo aumento do volume de vendas de etanol (+25,9%).

A companhia encerrou 2024 com 7.897 postos em nossa rede, uma redução de 126 postos no QoQ, ainda como consequência das ações adotas pela companhia para construir seu novo portifólio. Com essa sanitização, nos observamos um aumento de Volume Médio Mensal (VMM) de 2% em nossa rede de postos.

O segmento B2B apresentou uma pequena redução no volume de vendas (-0,2%) na comparação com o mesmo período do ano anterior, em função, principalmente, da redução em 34,9% nas vendas de óleo combustível, sendo atenuado pelo aumento de 7,3% nas vendas de diesel e QAV.

O mercado de lubrificantes também teve destaque em 2024, com a expansão da oferta de produtos de alto valor agregado e a modernização da planta de Lubrax tornando-a uma das cinco maiores e mais tecnológicas do mundo. A marca ampliou sua atuação em segmentos estratégicos, como montadoras e agronegócio, enquanto Lubrax+, maior rede de serviços automotivos do Brasil, fortaleceu sua penetração na rede de postos.

Na frente de energia renovável, a Vibra deu um passo decisivo com a aquisição dos 50% restantes da Comerc. A Comerc gerou R$ 1,08 bilhão de Ebitda proforma nos últimos 12 meses, alinhado ao guidance de 2024, e reforçou o portfólio da Vibra com geração solar, eólica e eficiência energética. Esse movimento estratégico posiciona a companhia como protagonista na transição energética do Brasil.

JCP

A companhia aprovou a distribuição de remuneração antecipada aos acionistas, sob a forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), referente ao exercício social de 2025. O montante bruto será de R$ 350 milhões, equivalentes a aproximadamente R$ 0,31403898619 por ação. Farão jus ao pagamento, os acionistas na posição acionária do dia 21 de março de 2025 (inclusive), e seu pagamento ocorrerá em 27 de fevereiro de 2026, sem atualização ou correção monetária. As ações de emissão da companhia, relativas a esse pagamento, passarão a ser negociadas ex-juros sobre capital próprio a partir de 24 de março de 2025.

DIRETORIA EXECUTIVA

A distribuidora informou que Flavio Coelho Dantas deixará a posição de Vice-Presidente na diretoria estatutária da Vibra, passando a atuar como consultor da Companhia pelos próximos 2 anos. Vanessa Gordilho, atual Vice-Presidente de Negócios, Produtos e Marketing, foi eleita pelo Conselho de Administração como Vice-Presidente Executiva de Comercial, Varejo e Inteligência de Mercado, assumindo posição estatutária a partir de 1 de março de 2025.

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