São Paulo, 3 de fevereiro de 2025 -A produção total no Brasil e no exterior de petróleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 2,628 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mboed) no quarto trimestre de 2024, queda de 10,5% na comparação anual. Em todo o ano passado, a produção total da Petrobras totalizou 2,698 milhões boed, queda de 10,5% ante 2023.
No Brasil, a produção foi de 2,597 milhões de boed no 4T24, retração de 10,5% na comparação com o mesmo período de 2023.
No exterior, a produção foi de 31 mil de boed, baixa de 8,8% na mesma base de comparação. A produção no exterior neste trimestre foi 4 Mboed inferior à do 3T24, referente ao maior volume de perdas por paradas para manutenção e declínio natural nos campos da Bolívia, Argentina e Estados Unidos.
“Nossa produção de óleo no pré-sal no 4T24 foi de 1.760 Mbpd, 3,4% inferior à do trimestre anterior, devido, principalmente, ao maior volume de paradas para manutenção no campo de Búzios, parcialmente compensadas pelo topo de produção do FPSO Sepetiba e pelo início de produção dos FPSOs Maria Quitéria e Marechal Duque de Caxias”, comentou a empresa, no relatório de produção e vendas. Em comparação ao 4T23, a produção no pré-sal recuou 9,1%.
No ano de 2024, a Petrobras atingiu todas as metas de produção estabelecidas em seu Plano Estratégico 2024-2028+, dentro do intervalo de aproximadamente 4%. A produção total de óleo e gás natural alcançou 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed).
A produção comercial de óleo e gás natural em 2024 atingiu 2,4 milhões de boed e a produção de óleo foi de 2,2 milhões de barris por dia (bpd).
A companhia também estabeleceu novos recordes anuais de produção total própria e operada no pré-sal, com 2,2 milhões de boed e 3,2 milhões de boed, respectivamente. O volume de produção no pré-sal representa 81% da produção total da companhia em 2024.
A produção no Pré-sal foi recorde em 2024. Desde o primeiro poço em 2008, a cada ano a Petrobras aumenta sua produção nessa camada, e em 2024 não foi diferente. Antecipamos a entrada em operação do FPSO Maria Quitéria, originalmente previsto para 2025, e, neste início de ano, temos uma novidade, a instalação de um FPSO com capacidade de produção de óleo de 225 Mbpd, o FPSO Almirante Tamandaré, com menores custos e emissões, que tira proveito das características geológicas do pré-sal brasileiro. Por fim, destacamos a confirmação de volume recorde de descoberta de gás na Colômbia, ampliando importantes horizontes para o futuro da companhia, disse Sylvia dos Anjos, Diretora de E&P, no relatório.
No segmento de Refino, Transporte e Comercialização (RTC), a produção total de derivados em 2024 foi de 1,78 milhões de barris por dia, levemente superior em relação à 2023. Deste total, 69% correspondem a produtos de alto valor agregado (diesel, gasolina e QAV), 1 p.p acima de 2023.
Entre os principais destaques de 2024 no RTC, a Petrobras cita: o fator de utilização total (FUT) em 2024 foi de 93%, o que representa a maior utilização do parque de refino desde 2014, considerando as refinarias atuais da Petrobras; recorde de 70% de participação do óleo do pré-sal na carga processada em 2024 (aumento de 4 p.p. em relação a 2023), fruto da otimização de uso dessas correntes para produção de derivados de maior valor agregado e diminuição de emissões atmosféricas. A companhia também registrou em 2024 recordes de produção de gasolina (420 mil bpd) e diesel S-10 (452 mil bpd).
O excelente resultado do refino em 2024, atingindo volumes anuais históricos de produção de gasolina e diesel S-10, além da maior taxa de utilização do parque desde 2014, demonstram nosso foco em eficiência, segurança e operacionalização rentável dos ativos, fruto dos investimentos e atuação integrada de todo segmento RTC, comentou William França, Diretor de Processos Industriais e Produtos.
A Petrobras também destaca os principais eventos do ano na frente operacional: Início de produção do FPSO Maria Quitéria, em 15 de outubro: no campo de Jubarte, na área conhecida como Parque das Baleias, no pré-sal localizado na porção capixaba da Bacia de Campos. A unidade tem capacidade de produzir diariamente até 100 mil barris de óleo e de processar até 5 milhões de metros cúbicos de gás. O FPSO Maria Quitéria teve a entrada antecipada. Sua previsão inicial era 2025, de acordo com o Plano Estratégico 2024-28+. Início de produção do FPSO Marechal Duque de Caxias, em 30 de outubro: no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade tem capacidade de produzir, diariamente, até 180 mil barris de óleo e de comprimir até 12 milhões de metros cúbicos de gás. O navio-plataforma Sepetiba, que opera no campo de Mero, atingiu o topo de produção de 180 mil barris de petróleo por dia (bpd) em agosto, após 8 meses de operação. Início da operação comercial da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), localizada no Complexo de Energias Boaventura (Itaboraí, RJ). O primeiro módulo, com capacidade de processar 10,5 milhões de m3/dia de gás, entrou em operação em 10 de novembro, e seu segundo módulo tem previsão de entrada no primeiro trimestre de 2025, atingindo a capacidade instalada de processamento de gás de 21 milhões de m3/dia, com os dois módulos. Em 16 de dezembro, o FPSO Alexandre de Gusmão saiu do estaleiro Cosco Qidong, na China, rumo ao campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. A plataforma, que será o quarto sistema definitivo de produção do campo, está prevista para entrar em operação em 2025 e tem capacidade para produzir 180 Mbpd de óleo e comprimir 12 MMm/d de gás natural.
VENDAS
No segmento de Refino, o volume total de vendas, que engloba Brasil e exterior, foi de 2,833 milhões de bpd no 4T24, 7,8% inferior na comparação anual, sendo 2,105 milhões no mercado interno, queda de 2,1% e 728 mil no mercado externo, baixa de 21,0%. O volume total de vendas de derivados no 4T24 apresentou um patamar semelhante ao do 3T24. No trimestre em análise, as vendas de gasolina e QAV cresceram, enquanto as de diesel e GLP reduziram (todas as variações foram influenciadas pela sazonalidade típica da demanda por esses derivados).
As vendas de gasolina aumentaram 9,1% no 4T24 em relação ao 3T24 devido à maior movimentação de veículos por conta das festas de fim de ano e à injeção do décimo terceiro salário na economia.
O aumento nas vendas de QAV também refletiu a maior movimentação de passageiros durante o período de férias e festas de fim de ano, tendo aumentado 6,4% em comparação ao 3T24. Vale destacar que no 4T24 alcançamos o maior volume de vendas de QAV desde o início da pandemia de Covid-19.
As vendas de nafta cresceram 7,1% no 4T24 em comparação ao 3T24, principalmente, devido à retomada das operações no polo petroquímico de São Paulo.
As vendas de diesel recuaram 3,8% no 4T24 em comparação ao 3T24 devido ao menor consumo após o plantio da safra de grãos de verão e à redução da atividade industrial. A participação das vendas de diesel S-10 foi de 65,2% do total de óleo diesel comercializado pela Petrobras no 4T24, ultrapassando o recorde anterior de 64,4% alcançado no 3T24.
As vendas de GLP no 4T24 apresentaram uma redução de 6,2% em relação ao 3T24 devido às temperaturas médias mais altas nos principais centros consumidores e à menor atividade da indústria de transformação.
Ainda na área de refino, o volume de produção total foi 1,818 milhões de bpd no período, alta de 1,1%, enquanto o volume total de vendas foi de 1,758 milhões de bpd, elevação de 1,4%.
No 4T24, as exportações líquidas somaram 455 mil bpd, recuo de 26,7%, enquanto a importação alcançou 237 mil bpd no trimestre, queda de 10,2% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
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