O último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre o cultivo de café no Brasil, aponta que a safra de 2025 na Bahia tem um crescimento previsto de 11,3% na produção total, sendo 1,16 milhão de sacas de arábica e 2,25 milhões de sacas de conilon, um crescimento de 13,6%.
A produção de café arábica poum aumento de 5,6% na produtividade média, alcançando 20,7 sacas por hectare. Esses números refletem as condições climáticas favoráveis e a adoção de tecnologias avançadas de manejo e irrigação, pontua o relatório da Conab, compartilhados também pela Secretaria de Agricultura do Estado (Seagri).
De acordo com a Seagri, comparando com a safra de 2024, que foi marcada por desafios climáticos como estiagens e altas temperaturas, a safra de 2025 apresenta uma recuperação notável.
Em 2024, a produção total de café na Bahia foi de aproximadamente 3,06 milhões de sacas, com uma produtividade média de 30,3 sacas por hectare.
A melhoria nas condições hídricas no último trimestre de 2024 e o uso eficiente de técnicas de fertirrigação contribuíram para o aumento da produção e da produtividade na safra atual.
Os resultados positivos da safra de 2025 são atribuídos à regularidade das chuvas e ao uso de irrigação suplementar, que beneficiaram especialmente as lavouras de café conilon na região do Atlântico, no sul da Bahia.
Além disso, a diversificação das fases de desenvolvimento das lavouras de café arábica nas regiões do Planalto e Cerrado também contribuiu para a estabilidade da produção.
Esses fatores, aliados ao manejo adequado e à sanidade das plantas, garantem uma safra promissora para o estado da Bahia.
O relatório da Conab aponta que as perspectivas para os preços do café no Brasil em 2025 indicam que devem permanecer elevados, pelo menos até o final do primeiro semestre.
Entre as causas estão as adversidades climáticas, como secas prolongadas e altas temperaturas, que reduziram a produtividade das lavouras brasileiras.
Além disso, a demanda global por café continua a crescer, impulsionada por mercados emergentes como a China, enquanto os estoques mundiais não acompanham. Esse descompasso entre oferta e demanda tem pressionado os preços para cima.
No mercado interno, o preço do café ao consumidor final subiu quase 40% em 2024, e a tendência é de novos reajustes em 2025, com a indústria repassando os custos adicionais aos consumidores.
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