São Paulo, 30 de janeiro de 2025 – Um estudo elaborado pela consultoria Elos Ayta revela as ações da B3 que consistentemente entregaram retornos acima da Selic nos últimos três anos. O levantamento identificou 11 ações que, até o dia 29 de janeiro de cada ano entre 2023 e 2025, registraram rentabilidade anual superior a 13,25%, considerando o reinvestimento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). Entre os destaques estão Cury S/A (CURY3), Sabesp (SBSP3) e Santos Brasil (STBP3).
Cury S/A lidera o ranking
A incorporadora Cury S/A ocupa o topo da lista com uma mediana de retorno de 52,66% ao ano. O resultado reflete o crescimento do mercado de habitação popular, mesmo em um ambiente de alta de juros.
Sabesp e Santos Brasil se destacam A Sabesp, do setor de saneamento, apresentou uma mediana de 48,88%, impulsionada pela sua solidez operacional e discussões sobre a privatização. Já a Santos Brasil, líder em logística portuária, obteve retorno mediano de 43,09%, destacando sua eficiência operacional.
Setores em evidência
O levantamento apontou que dois setores se destacaram com mais de uma ação na lista: Água e Saneamento (Sabesp e Copasa) e Incorporação (Cury e Direcional). Esse desempenho reflete a importância de ativos resilientes em cenários econômicos desafiadores.
Outros destaques
Entre as ações da lista, chama a atenção o desempenho de empresas como Tegma (TGMA3), com mediana de 42,09%, e Petrobras (PETR3), que registrou 31,24%, mesmo enfrentando um ano de volatilidade. A análise também revelou que empresas de menor liquidez, como Priner (PRNR3) e Banco Pine (PINE4), conseguiram entregar retornos expressivos, evidenciando que oportunidades relevantes podem estar fora dos papéis mais tradicionais.
Volume financeiro e liquidez
O estudo incluiu a análise do volume financeiro médio diário das ações. Enquanto empresas como Petrobras (R$ 431,8 milhões) e Sabesp (R$ 363,1 milhões) lideraram em liquidez, ações como Priner e Banco Pine registraram volumes menores, exigindo maior atenção de investidores devido à menor facilidade de negociação.
O levantamento avalia que, em um cenário de juros elevados, no qual a taxa Selic foi elevada para 13,25% pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a busca por investimentos que superem a rentabilidade de renda fixa se intensifica, mas salienta que “retornos passados não garantem retornos futuros”.
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