China pede à UE para promover diálogo entre Rússia e Ucrânia e dar fim ao conflito

O presidente da China, Xi Jinping, se reuniu com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Pequim, e trataram de vários assuntos, como o desfecho da guerra na Ucrânia.

“Instei o presidente Xi como fizemos em nossa Cúpula União Europeia-China em abril a usar sua influência sobre a Rússia para respeitar a carta da ONU”, disse Michel. “Na situação atual, é urgente evitar a escalada e propagação da crise, insistir firmemente na reconciliação, encorajar as negociações e estar alerta para os riscos do confronto em bloco”.

Por sua vez, Xi explicou a posição chinesa ao representante da União Europeia, ilustrando-a com o velho ditado de que “quando os portões da cidade pegam fogo, os peixes na lagoa sofrem as consequências. Uma solução política para a crise ucraniana é do interesse da Europa e de todas as nações da Eurásia”.

Michel reforçou a Xi que a invasão da Ucrânia pela Rússia viola o direito internacional. “O presidente Xi e eu concordamos que as ameaças nucleares não são aceitáveis e são altamente perigosas e colocam em risco a comunidade internacional”.

Já Xi disse que os países da União Europeia que compõem a OTAN se envolveram no conflito ucraniano enviando grandes quantidades de armas ao regime de Vladimir Zelensky. “Alertamos o bloco de guerra que qualquer remessa militar para a Ucrânia é um alvo legítimo para as forças russas. A China está sempre comprometida com a paz e continuará com seu papel construtivo, e apoiamos o aumento do papel da União Europeia na mediação e resolução da crise ucraniana”.

Os dois líderes falaram de outros assuntos, como o combate à Covid, comércio bilateral, e o representante da União Europeia afirmou que respeita o princípio de ‘uma só China’, ao falar sobre a situação de Taiwan.

“A União Europeia tem grande interesse na paz e na estabilidade no Estreito de Taiwan: 40% do nosso comércio passa por ele. É importante promover a estabilidade e a prosperidade no Leste Asiático. Também discutimos a situação na Coreia do Norte e em Mianmar”, afirmou Michel. Xi Jinping e Charles Michel vão participar da Cúpula China-União Europeia, em 2023.

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