Tecnologia, sustentabilidade e segurança alimentar

Marcello Brito para Revista Agroanalysis

*Setembro de 2020

Solo fértil, clima favorável e água em abundância são questões naturais que ajudaram o Brasil a alcançar o grau de desenvolvimento no agronegócio que tem hoje.

Entretanto, nada disso seria possível sem investimento em tecnologia, sem a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e sem o esforço de pessoas que acreditaram nesse potencial e que, hoje, produzem alimentos, fibras e energia renovável para suprir a demanda interna e, ainda, atender cerca de duzentos países.

Como manter essa competitividade no futuro?

Essa foi a principal questão debatida na 19ª edição do Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA), que a ABAG realizou em parceria com a B3 em 3 de agosto último.

Ainda por cima, o evento foi totalmente online, uma decisão tomada em março, no início da pandemia, prevendo que não sairíamos tão cedo dessa situação de distanciamento social.

Com isso tivemos muitos ensinamentos nesses últimos meses.

Felizmente, alguns destes foram positivos apesar desse momento desafiador em termos de saúde pública e economia. Um deles foi proporcionar a democratização de informações tão importantes ditas por especialistas sobre o futuro do agro e do Brasil.

Sendo assim o congresso contou com mais de 8 mil acessos ao vivo!

Não foi por acaso que escolhemos como tema central do CBA “Lições para o Futuro”, já que é possível ver, a partir dos sinais do pós-COVID-19, uma realidade que priorizará a saúde, a sanidade e a sustentabilidade.

Consequentemente isso abre portas oportunas ao Brasil e ao mundo de um novo paradigma de desenvolvimento, numa visão moderna, socialmente mais justa e inclusiva.

Como disseram Roberto Rodrigues e José Roberto Mendonça de Barros, o pós-pandemia acentuará tendências que já eram perceptíveis.

Desse modo como podemos garantir o sucesso do agro é o desenvolvimento tecnológico e sustentável. Para aumentar a produção, por exemplo, não é necessário queimar nenhum hectare de terra.

O agro brasileiro é o mais competitivo do mundo sem subsídio.

Com essa afirmação, entendemos que é inaceitável o que vem acontecendo com a Amazônia.

Também é preciso ter zero afeição com o que é ilegal. Não pode haver desmate ilegal.

Resumindo, o Brasil tem potencial agrícola e ambiental, e esses dois aspectos precisam estar unidos.

Como por exemplo o Código Florestal, que é fundamental para todos e, por isso, precisa ser implementado já!

Na resposta para a pergunta de como manter a competitividade no futuro, todos foram unânimes: o agro precisa mostrar para as sociedades globais que a sustentabilidade ambiental é prioridade no setor, assim como a sua capacidade de garantir a s.

Durante o CBA, anunciamos que a ABAG neutralizou todas as suas emissões de gases do efeito estufa em 2019.

Essa ação inédita, pioneira e inovadora foi possível devido ao novo ativo ambiental do agronegócio brasileiro, os Créditos de Descarbonização (CBios), criados pela nossa Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio).

Esperamos que esse pequeno gesto econômico seja um gesto gigante no exemplo e na disseminação de ações mitigadoras das mudanças climáticas e que colabore para gerar um novo mercado para os CBios.

Em suma essa ação dá somente quando se reúnem protagonismo, legalidade e ciência.

Foto: freepik

 

 

 

 

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